Cifra Club

Putains, vous m'aurez plus

Damien Saez

Merda, Não Me Terão Mais!

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Ami, prends ma lanterne car j'ai perdu ma flamme
Mon amour est parti
Elle a jeté mon âme à bouffer au néant, me laissant le coeur vide
Elle a fait des fertiles, des averses,
L'aride
Et l'horreur du monde n'est rien comparaison
A ceux que l'amour fait, à ceux qui dans l'union
Pensent oublier qu'on est triste ici-bas
Et qu'ici solitude
Est le dernier repas

Elle avait les yeux noirs desquels on voit du bleu
Qu'on prend pour l'océan, dans lesquels on voit Dieu
Qui font toucher du bout des doigts les horizons
Mais toujours à la fin
On est seul au milieu des vagues de sanglots et du sel dans la gorge
Et du sel sur la plaie de ce coeur tatoué
A son nom que l'on crie au fond des verres de vin
A se dire que la vie
Oui, n'était qu'une putain

Ami, regarde-moi, j'ai le coeur qui renverse
La mémoire de ses yeux qui me colle à la peau
Et dans les bars du port, je cherche magie noire
Pour délivrer mon corps du sort qu'on m'a jeté
Et le sourire des filles, non, ne me fait plus rien
Et je commence à croire que les hommes qui ont pris d'autres hommes pour amour
Ont réglé la question, après tout, dis-moi, qu'est-ce qu'elles ont de plus que nous ?
Si ce n'est cette force qui fait qu'elles vous oublient
Cette horreur au fond d'elles, ouais, ce monstre qui crie quand elles vous font l'amour
Tu sais qu'elle n'oublient pas, qu'il n y a qu'à la nature qu'elles ne tiennent parole

A tous ceux dans leur bras qui sont faits prisonniers
J'ai l'âme solidaire et puis ma sympathie à ces fous qui comme moi
Finiront pas la nuit
Je vous le dis, putains
Putains, vous m'aurez plus !

Que je meure à l'instant si l'envie me reprend
De remettre ma tête dans la gueule du serpent
De me laisser encore crucifier le coeur
Pour un joli sourire au parfum de leur fleur
Marguerite ou tulipe et de rose à lilas
Tu sais, l'ami, pour moi elles ont toutes ici-bas
Quand elles vous montrent le ciel, qu'elles vous disent qu'elles vous aiment
Elles ont toutes pour moi
L'odeur des chrysanthèmes
Adieu, les gentilles
Adieu, les j'en pleure
Adieu, les maudites qui ont pris ma lueur
Qui ont jeté dans le noir mes yeux et puis les tiens contre le chant du cygne !
Et les beautés ? Qu'elles crèvent ! Toutes !
J'en peux plus de ces jeux qui nous tuent
J'en ai marre de ce coeur, mon Dieu, qui ne bat plus
Et qui toujours s'incline au pied de fausses blondes
Qui nous mènent à la cime
Qui nous traînent à la tombe

Amigo, agarra na minha lanterna pois eu perdi a minha chama,
O meu amor partiu
Ela deu a minha alma para o nada comer, deixando o meu coração vazio,
Ela fez dos férteis, das precipitações,
O árido.
E o horror do mundo não é nada em comparação,
Ao que este amor fez, aqueles que da união
Pensam esquecer que estamos tristes aqui em baixo,
Que aqui a solidão,
É a ultima refeição.

Ela tinha os olhos pretos nos quais vemos azul
Que usamos para o oceano, nos quais vemos Deus
Que tocam com as pontas dos dedos os horizontes,
Mas sempre no fim,
Estamos sós no meio das ondas de soluços e do sal na garganta
E do sal na ferida deste coração tatuado,
Ao seu nome que gritamos no fundo dos copos de vinho,
Dizendo que a vida,
Sim, é apenas uma puta

Amigo, olha para mim, tenho o coração a transbordar,
A memoria dos seus olhos que se cola à pele,
E nos bares do porto, procuro a magia negra,
Para salvar o meu corpo do feitiço que me lançaram,
E o sorriso das raparigas, já não me faz nada,
E começo a a perceber os homens que usaram outros homens para amar,
Resolveram a questão, depois de tudo, diz me, o que é que elas têm que nós não temos?
Apenas uma força que faz com que elas esqueçam
Esse terror dentro delas, sim, esse monstro que grita quando elas fazem amor convosco,
Sabes que elas não esquecem, que só à natureza é que elas cumprem o que dizem.

A todos aqueles que estão presos nos seus braços,
Tenho a alma solidária e a minha simpatia para os loucos como eu
Que não acabarão a noite,
Eu digo-vos, merda,
merda, não me terão mais!

Que eu morra agora se o desejo
De voltar a pôr a minha cabeça na boca da cobra,
De me deixar de novo crucificar o coração,
Por um lindo sorriso, sobre um perfume das suas flores,
Margaridas, Túlipas e de rosas lilases.
Sabes, para mim, um amigo elas têm todas aqui em baixo,
Quando elas vos mostram o céu, quando vos dizem que vos amam.
Elas para mim têm todas,
O cheiro das mães,
Adeus, as simpáticas,
Adeus, aos "eu choro"
Adeus, às malditas que me roubaram o brilho,
Que atiraram os meus olhos para o escuro e os teus contra o canto de um cisne!
E as belezas? Que elas morram todas! Todas!
Já não consigo aguentar estes jogos que nos matam,
Estou farto deste coração, meu Deus, que não bate mais.
E que se rende sempre aos pés das loiras oxigenadas,
Que nos levam ao topo,
Que nos arrastam até ao caixão.

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