Longe da minha terra
Distante da minha gente
Eu tenho um sorriso triste
E um coração doente
Enviei correspondência
Lhe pedindo urgentemente
Por favor manda noticias,
Espero ansiosamente
A vontade de ir embora
Transforma-me de repente
Se eu não sair agora
Minha alma triste implora
Sofre, e chora amargamente.
Eu vou quebrar as tranqueiras,
Tô perdendo a paciência
Quero abrir as porteiras
Limpar minha consciência
E rever minha palhoça
Ouvir lá na cabeceira
Três potes cantar bonito
Pra chover semana inteira
Vou “banar” feijão na roça
Deu vento na bananeira
Vou fazer uma cerca nova
Todo dia tirar prosa
Matutar segunda-feira.
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