Chafurda na lama, puta imunda!
Sacia a tua sede nas espumas do prazer!
Resteja e seduz-me em trejeitos de serpente
Num Éden bordel.
Lambe as tuas velhas cicatrizes
de corça ferida pelo lívido punhal do destino,
Lembrando uma atmosfera de insalubres memórias.
Vagueia no meu leito de agulhas
e abraça-me na tua sede indolente
rasgando o sudário fúnebre que encobre o meu peito.
Ou, antes, no recato honesto da família,
De um varandim em flor,
E olha-me de relance num feiticeiro olhar,
Que a minha alma idealiza em minhas noites de vigília.
Assim o teu falso pudor, estranhamente raro,
Rasgando as podridões, mostra que tens alma,
A alma de todas as mulheres.
Morde-me víbora do gozo!
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