Abre-me o destino
Exposto em suas mãos;
Passe-me em um beijo
O licor do seu coração;
Me conceda a vida...
... mesmo que na morte em vão!
Sou uma discípula da sua salvação...
Não preciso pedir a deus
Uma permissão para reinar livremente...
Seremos deuses, então!
E o sangue - alheio - em nossas veias
A cada dia se renovará
E o canto das sereias
Não mais impressionará...
Dois seres noturnos
Que vagam a esmo
Pela escuridão
De um caminho incerto
O dia não tememos
Mas a luz assusta
Pois faz imergir das sombras
A podridão robusta...
Eis o que não vemos!
Por preferir assim,
Vivemos em fantasia...
E os nossos dias não terão mais fim!
A vida...
Se nos faz eterna!
E cada dia se renovará,
Trancados na cisterna que ninguém encontrará...!
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