Outra noite de abril, deu duas e quinze
Ainda sigo sem dormir, chorando aqui no meu quarto
Jogar tudo pro alto, eu penso nisso o tempo todo
Dizem que o Monte Fuji é bonito, e eu não descarto

Se faço certo, se faço errado
Se minha maquiagem parece natural
Juro que não, não quero começar uma crise existencial

Com quem eu tô, é ele ou quem?
Que falem merda de mim já virou algo habitual
Mas fica tranquila, Ari, isso não é nada pessoal

Como se não doesse
Como se não me quebrasse
Como se as paredes fossem de vidro
Pra todo mundo me ver

Como se eu não valesse a pena
Como se não morresse
Uma parte de mim, porque parte de você
Da sua vontade de me odiar

Eu sigo aqui, aqui, aqui

Acontece que eu sou o pior de tudo, sou a vadia, a vilã
Culpada de traição, não tô exagerando
Comprei outra caixa de correio, não tive escolha
Por 3,99, chegam cartas de ódio em toneladas

Que péssima reputação, tudo por causa de um comentário
Pelo qual eu já pedi perdão, a origem de todo esse mal
Uma foto de roupa íntima, saí completamente do roteiro, mas
Não é nada pessoal, amor

Como se não doesse
Como se não me quebrasse
Como se as paredes fossem de vidro
Pra todo mundo me ver

Como se eu não valesse a pena
Como se não morresse
Uma parte de mim, porque parte de você
Da sua vontade de me odiar

Eu sigo aqui, aqui, aqui
Eu sigo aqui, aqui, aqui

E aqui seguimos