O Velho chora, o som ainda viaja
Pelas ondas, a verdade se revela
Fala da mente que fica na gaiola
Mesmo quando o livro virou uma nova página
Mostra o espelho, que tava rachado e mente
Mostra a Águia, que esqueceu como voar
Ele aponta o dedo, pra gente entender
As correntes que a gente carrega, não são nossas

Mas a palavra é semente, e a terra espera
A gente ouve o eco pelo portal do tempo
A gente arranca o mato venenoso do chão
Uma nova base, um som diferente
Não é pra seguir, não é pra copiar de novo
É pra lembrar, no Sol e na chuva
Essa alma africana, a gente retoma a arte
Pra construir o amanhã, a gente tem que fazer a nossa parte
Cê sente a mudança? (A gente sente a mudança!)

A peruca e a toga, a gente bota no museu
Pra ensinar pras crianças o que a gente deve ser
O nome estrangeiro, a gente agradece a lição
Mas a língua dos nossos pais, essa é a bênção
A gente abre a janela, pra brisa entrar
Sentir o cheiro da terra vermelha, onde a vida começou
O irmão que caiu, a gente dá a nossa mão
A lei que a gente escreve, é pra essa nossa terra

Ele fala do escravo que nunca se libertou
Então a gente olha pra dentro, além da grana e da riqueza
O trabalho não é pouco, a estrada é longa e profunda
Pra acordar o espírito de um sono de cem anos
Mas o Sol tá nascendo, cê vê a luz da manhã?
A gente pega a escuridão e deixa ela brilhante
O Velho grita, agora as crianças cantam
A história diferente que o futuro vai trazer

Nova Base! (A gente tá construindo agora!)
Velha Confusão! (A gente tá deixando agora!)
Nova Base! (Pros que virão!)
Nossa própria Nação! (Tocar o nosso próprio tambor!)

É! Tocar o nosso próprio tambor!
A gente é África!
Tocar o nosso próprio tambor!
A mente é livre!
Tocar o nosso próprio tambor!