Eu posso ver aquele trem chegando
Vejo aquela grande luz brilhar em minha direção
Ouço aquele assobio soando gentil
Deus, tem sido um péssimo dia

Eu o vi partir naquela manhã de sexta-feira
Foi no mês de maio
Eu disse ao meu filho, disse "Filho, seja um bom soldado,
mas volte pra casa algum dia."

Ele veio um ano depois
Deus, eu não esquecerei aquele dia
O bagageiro foi onde ele viajou
No caixão era onde jazia

Maquinista, faça soar o seu assobio
Deixe-o sofrer e lamuriar
Você faz sentir-se solitário um homem
Com uma memória como a minha

Num pequeno cemitério no campo
Num escuro e melancólico dia
Eles puseram a bandeira sobre o caixão
E o caixão dentro da cova

Eu não pude mais aguentar
E eu não sabia como rezar
Então chorei "Oh, Deus!, Oh Deus!, eu odeio ter de deixá-lo
Tão sozinho sob a terra."

Maquinista, faça soar o seu assobio
Deixe-o lamentar e lamuriar
Você faz sentir-se solitário um homem
Com uma memória como a minha

Eu posso vê-lo quando criança
Posso ouví-lo chamar meu nome.
Posso sentí-lo sob o fogo
E vê-lo ressurgir das chamas

Deus, se eu pudesse eu trocaria de lugar com ele
Eu alegremente daria a minha vida
Eu faria daquela bandeira meu cobertor
E ouviria os torrões de terra caírem

Maquinista, faça soar o seu assobio
Faça-o gemer e lamuriar
Você faz sentir-se solitário um homem
Com uma memória como a minha