( C )
Pouca coisa é tão gaúcha
Que se iguale a um saludo
Onde a sombra do chapéu
                      ( G )
Se alumbra por um segundo
Nem a lonjura disfarça
Toda a franqueza do gesto
Comum ao povo de campo
                    C
Mas diferente pro o resto.
G
Cruzando o altar da pátria
C
O ato pede bolada,
G
Ou mesmo por uma linda
C
Num rancho beira de estrada,
B7
Pra algum lindeiro de cerca,
E
Até pra quem desconheço
F#
Embora de mango em punho
B7
Levanto a mão com apreço!
A                    E
Embora de mango em punho
B7                    E
Levanto a mão com apreço!
       A               E
Pra algum lindeiro de cerca,
B7                 E
Até pra quem desconheço
  D7                    G
Embora de mango em punho
     B7                E E7
Levanto a mão com apreço!
A
Na refugada de um boi
        E         F#m
Que chama uma paleteada
D
A mão no ombro retrata
          C#m          Bm
Quando a paleta é cruzada...
D
Pra algum amadrinhador
     C#m              Bm
Que ganha a vida no braço
                 C#7
É de valor o saludo
                   F#m
Que vem depois do abraço.
D
É de valor o saludo
                    B7
Que vem depois do abraço.
                      E
Pra algum amadrinhador
                       A
Que ganha a vida no braço
          A7     Dm
É de valor o saludo
E               A    G7  C
Que vem depois do abraço.

Se acaso a sorte convida
Num truco mais que tenteado,
Alguns merecem saludo
Pelos de bolso pelado...
A intenção do pulpeiro
Quando regala a rodada:
É garantir o sustento
Bem antes da madrugada.
Entre chegada e partida
Pra quem carrega a verdade
A extensão do saludo
É a expressão da saudade...
Cada sorrido na cola
De um cusco a sua maneira
Saluda todas as vezes
Como se fosse a primeira!