Espaço de sorrisos falsos
Pensamentos escapam, deixando rastros
A arma final chega - e nossos olhos se cruzam no instante da queda
Por isso: Gravidade zero

Os pesos em meus ombros não querem sair, como camadas antigas grudadas em mim
Se é leve ou pesado, essa dúvida já nem importa mais
Mesmo que o fogo esteja longe, você se consome tentando apagar
A falsa moralidade irá desaparecer

Queria apenas murchar e cair, galhos se partindo num mundo sem gravidade
Mesmo flutuando num instante que um dia poderia chamar de meu
Ainda assim, eu continuo

Correndo cegamente para o amor e para o ódio
Rumo ao completo desconhecido
Dói nesse espaço onde percebo que estou só
Mesmo quando tudo parece impossível, mesmo assim, eu me levanto
Meu corpo apenas segue o ritmo de subir e despencar
E eu me deixo levar

Repito o que não entendo
E solto verdades que nem queria dizer
Mesmo que você não consiga ver o amanhã
Os pensamentos de um súbito senso de justiça sangram

Queria apenas perder tudo
Por quem estou me importando tanto? Se for só ilusão, não quero ver se transformar em dor
Chega dessa podridão

Gravidade que não se pode escapar
Quero cortar essa emoção intensa
Nos ecos que restam, vagueia a eternidade
Mesmo que minha forma se perca
Ainda guardo desejos frágeis
Carrego mais culpas do que prazeres
E me entrego a essa ironia

Gravidade que não se pode escapar
Quero cortar essa emoção intensa
Nos ecos que restam, vagueia a eternidade
Mesmo que minha forma se perca
Ainda guardo desejos frágeis
Mais dor do que prazer

Correndo cegamente para o amor e para o ódio
Rumo ao completo desconhecido
Dói nesse espaço onde percebo que estou só
Mesmo quando tudo parece impossível, mesmo assim, eu me levanto
Sigo o ritmo da ascensão e da queda Meu corpo não resiste mais
A arma final chega - e nossos olhos se cruzam no instante da queda

Por isso: Gravidade zero