Às vezes, a lembrança retorna como a chuva que caiu enquanto você dormia
Que lavou o mundo e deixou as ruas parecendo novas
Eu não serei grandioso, mas sou grato por seguir adiante
O sentimento veio tarde, mas ainda estou feliz por ter te conhecido

A lembrança dói, mas não me causa mal algum
Sua mão no meu bolso pra nos manter aquecidos
A pobre criatura na estrada, seus olhos ainda brilhando
O frio úmido do seu nariz, a Terra vista à distância

Veja como brilha
Veja como brilha
Veja como brilha
Veja como brilha

Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh
Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh, uh-uh
Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh
Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh, uh-ah

Às vezes, me ocorre um pensamento de que cada um escolhe o que faz
Mas tudo desmorona quando relembro aquilo
Eu me lembro da vista, as luzes da rua no azul escuro
Do momento em que percebi que não tinha escolha além de te amar

A velocidade com que você se moveu, o barulho dos carros
A criatura, ainda viva, que ficou letárgica em seus braços
O medo nos olhos dela, desaparecendo num instante
Sua lágrima refletiu a luz, a Terra vista à distância

Veja como brilha
Veja como brilha
Veja como brilha
Veja como brilha

Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh
Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh, uh-uh
Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh
Uh, uh-uh, uh, uh-uh-uh, uh-ah

Querida, há uma parte de mim que temo que sempre estará
Presa em um instante abstrato de um momento da minha vida
As ervas daninhas atravessando o concreto, o trânsito acelerando
Todo meu amor e todo meu temor equilibrados ali entre aqueles olhos

Veja como brilha
Veja como brilha