Morango. Morango. O morango-cobra que nasce na corda
Não dá para rir inocentemente, ele pode entrelaçar
Morango. Morango. O morango-cobra que enrosca na perna
Não é mesmo saboroso este êxtase?

Morango. Morango. O morango-cobra que rola no caminho
A vizinhança é solitária e a corda está cortada
Morango. Morango. O morango-cobra que aparece nos sonhos
Juntando poeira de estrelas, sujando-se novamente

Então?
Por que deixa sozinho?
Por que acaba sumindo?
Por que não começa?
O que eu posso, o que eu posso, o que eu posso fazer???

Morango. Morango. O morango-cobra da fofoca desagradável
Não se faça de idiota. Não dá para amarrar a corda
Morango. Morango. O morango-cobra que parece cor de sangue
Nada desce junto. A mentira não vai embora

Então?
Por que deixa sozinho?
Por que acaba sumindo?
Por que não começa?
O que eu posso, o que eu posso, o que eu posso fazer

Erguendo as plumas mordidas. Se for tirado daqui
As asas parecem mesmo continuar a me ridicularizar
Me condenando

Não dá para rir inocentemente, ele pode entrelaçar
Não é mesmo saboroso este êxtase?
A corda está cortada...E suja novamente
A corda está cortada... E suja novamente
Morango. Morango. O morango-cobra que enrosca na perna