Para formar um prado ocorre
Um trevo, uma abelha
Um trevo, uma abelha
E o sonho
Um sonho pode bastar
Se as abelhas forem poucas

A surgir por último está sempre o número da plataforma
Em instantes passa o trem para Milão
Escalando a península a pena na cabeça é de gaivota
Flecha branca, o espírito de um chefe índio
Que entram dentro das bocas escancaradas
Das montanhas na Ligúria

Como se fôssemos um pneu americano
A escuridão te mastiga e te cospe
Sentir-se só numa cidade grande
Faz-me mais mal que no meu lugar
Cortam-me a garganta estas armas brancas
As pontas dos Alpes

Sentir-se só em uma cidade grande
É mais duro que na minha terra
São tantas paredes, tantos muros
Onde bater cabeça
Encontrar um lugar para as malas é sempre
Um dos meus problemas

Para não permanecer toda a viagem em pé
O velho espírito de um pele vermelha está escalando a península
Dividindo em duas as cidades que encontra
Então entra dentro das bocas escancaradas
Das montanhas na Ligúria
Para depois desaparecer no manto branco
Da planície

Sentindo-se só em uma cidade grande
Dói mais do que no meu lugar
Cortaram-me a garganta estás armas brancas
As pontas dos Alpes
Sentindo-se só em uma cidade grande
É mais difícil do que na minha terra
Existem muitas paredões, muitas paredes
Onde bater cabeça