Sou um projecto reflectido, um ser humano errado,
Vivido, omitido, num sentimento calado,
Constituo, a minha mente, a minha alma, a atitude,
No centro, do meu eu, é o foco da virtude,
O meu deus, é o teu deus, é uma perspectiva fulcral,
Eu respiro, eu vivo, quem sou eu afinal?
Eu percorro na estrada, continuo sozinho,
As coisas foram criadas, ainda há muito caminho,
Eu não sei quem sou, nem aonde irei,
O futuro é imprevisível, eu ressuscitei,
A minha alma é pura, os desafios traçados,
Eu já tenho a sepultura, para os corpos derramados,
Sou juiz dos meus actos, o juiz da solidão,
Crio, faço e constituo a minha razão,
Reconheço raramente que costumo errar
É um defeito humano, ninguém pode mudar

Refrão (bis):
Sou o tempo que perdura, sou a esperança do irreal,
Sou aquele que joga, num momento original,
Sou aquele que vive, mas um dia vai morrer,
Sou aquele que deixa marca e que nunca vão esquecer,

Posso ser reservado, e não dar confiança,
Às pessoas subjugadas, que me elevam a fiança,
Não sei o futuro, mas eu vou sobreviver,
Neste planeta ingrato ninguém me vai deter
Só ainda agora comecei a minha corrida
Eu ando na escola já é um ponto de partida
Agora a conclusão de saber quem eu sou
É uma pergunta deixo para quem me superou

Refrão (bis):
Sou o tempo que perdura, sou a esperança do irreal
Sou aquele que joga num momento original
Sou aquele que vive, mas um dia vai morrer
Sou aquele que deixa marca e que nunca vão esquecer,

O que é a morte? O que sou eu? O que é a vida?
Resistes como homem, numa atitude sofrida,
Vagueio, nas perguntas, que não têm respostas,
Caracterizas, questionas, tu já não tens propostas,
Dialoguei na dimensão, no universo profundo,
Filosofei, eu encontrei, a radicalidade no mundo,
Olhei para o céu, e continuava tapado,
Sozinho no canto, sentia-me só e abandonado,
Passado um tempo, eu senti-me feliz,
Mudei o meu presente, e o passado por um triz,
O tempo mudou, o acontecimento foi surgindo,
Olhei no horizonte, e ninguém tinha mentido,