Leviatã devora tudo

Agentes sem nome assombram o mundo das sombras
Números sem pátria planejam ações clandestinas
Para as fileiras dos desaparecidos há muito tempo
Eles se tornam toda a sua realidade, seu silenciador, seu Deus solitário

E através do Styx você cavalgará
Quando anjos torturadores vierem te levar para casa

Morte simulada suportada, a corda rasga os pulsos
Cabeça inchada em capuz enegrecido, rosto cego e ferido
Suspenso verticalmente, vomitando sangue, teste de tortura rotineiro
Enquanto servos do Estado têm seu jeito com você

Chutes, drogas, membros quebrados
Queimados, afogados, dissidentes
O trabalho da morte, realizado, em todos os nossos nomes novamente
Rendição não é um problema (até que seja você)

Sob quais circunstâncias justificamos esses meios?
Codificar a barbárie em uma política praticada?
Na moralidade piedosa e pregada somos alimentados até engasgarmos
Nossa retórica, tão justa, soa como uma piada para o mundo

O poder sedento, o poder se espalha, como tentáculos de Deus
Segredos, inquéritos, ilusões e fachadas
Garras se prendem, enquanto abutres se reúnem, se espalhando de DC
Despejados em locais secretos, apagados da memória