A pena antes tão firme, quedou-se na folha branca
A mão que lhe sustentava estava agora tão fria
Final de vida com jeito de românce inacabado
Um solo de clarineta tomando a noite vazia
Se calam tantos fantoches quando o vento é rebeldia
O tempo mostrando as garras vem seifar outra
Existência
A alma do escritor verte amor, se faz poesia
E a cruz que lhe acompanha é a cruz da sua querência
Uma música ao longe ecoou na imensidão
Talvez seja essa passagem, mais um livro a começar
A vida pode ser poeira a escorrer por entre as mãos
Mas a alma nessa hora é raiz de cambará
O rumo da liberdade não tem caminhos cruzados
Os lírios não se desbotam quando a terra é sentimento
Mais um contador de história seguindo pra eternidade
Deixando suas pegadas pelo tempo e pelo vento
Então em vez da trombeta, tocou, o sétimo anjo,
Um solo de clarineta no seu tom de despedida
A voz de deus sussurrando, aos poucos, foi lhe
Mostrando
Que os sonhos que plantamos são maiores que essa vida
Uma música ao longe ecoou na imensidão
Talvez seja essa passagem, mais um livro a começar
A vida pode ser poeira a escorrer por entre as mãos
Mas a alma nessa hora é raiz de cambará
Uma música ao longe ecoou na imensidão
Talvez seja essa passagem, mais um livro a começar
A vida pode ser poeira a escorrer por entre as mãos
Mas a alma nessa hora é raiz de cambará
Uma música ao longe ecoou na imensidão.
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