A
Vou te contar uma velha prosa
         E
de um grande amigo meu,

que chora uma miséria
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não gasta o que é seu.

Se ele pede emprestado,
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pode crer que vai pagar;
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mas precisou do bolso dele,
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aí é "osso” de arrancar.

O caboclo é gente fina;
         E
faz amigo hora que quer.

É bem relacionado;
         A
sempre tem mulher no pé.

Se tem festa na cidade,
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dele sempre vão lembrar;
        E
mas se mandar levar o golo
         A
aí começa a reclamar.
         E             A
Se não for 0800, não vou nessa nem a pau!
  E                 A
0800, "tô” na lona, "tô” no sal.
         E              F#m
Se não for 0800, me libera dessa vez.
   E                A
Se rolar 0800, juro, viro seu freguês.

É que penetra já foi moda,
           E
cortesia teve vez.

Já ouvi que um tal de "off”
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é a senha no inglês.

"Na faixa”, "free”, grátis, fiado;
    A7      D
e até "de graça” ouvi também.
        E
Se pendurou, malandro ele!
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Obrigado grande! Me dei bem!

Bem que meu avô me avisava
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da turma do "vê se cola”.

Seu garçom mandava a conta;
         A
sumia. Cadê? Partiu, foi embora.

Hoje em dia é mais avançado,
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mais parece profissional!
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Já liga e pergunta antecipado
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se é liberado. Que cara de pau!

Olha! Essa moda "tá” que "tá” boa!
         E
Leva pra um amigo seu que também é assim.

Mas se depois ele ouvir na rádio,
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que não venha pra cima de mim!

A homenagem já "tá” feita,
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Mas o "pão-duro” sou eu!
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Se enricar, fizer sucesso,
        A
metade do bolo é meu.