Onde estão aqueles que forneceram proteção
Onde estão os gigantes de outrora?
E onde no mundo eu estava quando eles precisavam da sua própria proteção?
É verdade, nada nesta vida é garantido
A não ser as lembranças da decadência
Pois todos os que se ergueram se dissolveram na consciência do nosso passado

As minhas terras se tornaram estéreis
Esvaziadas pela ação da ganância
Dilaceradas pelas feridas das mãos
Desapareceram os vestígios de casca, raiz e semente
Fantasmas de mudas pelos quais anseio agora
Enegrecida pelo toque do fogo e da fumaça
Perdido nas questões de por que e como
Ainda ouço os sussurros do pinheiro e do carvalho

Teus arbustos queimam, meus céus ardem
Onde agora buscarei serenidade?
Por folhas e samambaias, meu coração ansiará
Dentro das brasas de nossa própria desonestidade

O paraíso agora finge, a natureza acorrentada
Como está minha alma internamente pelo custo do ganho
O sangue mancha estas planícies
E seguimos os passos da eternidade