À noite um grande abismo foi invocado
E os céus assombrados por sonhos antigos
Subiu até a janela do observador solitário
Para se fundir com o ar fechado agora completamente envenenado

Seu erro foi imaginar esse horror
Estava associado apenas à escuridão, ao silêncio e à solidão
Você esqueceu o medo primordial
Aquele que habita a vastidão do cosmos

A memória às vezes faz exclusões misericordiosas
Para fazer você pensar que foi apenas um sonho

Perspectivas aterrorizantes sobre a realidade
Possibilidades que antes eram inimagináveis
Agora revele a escuridão insondável e cataclísmica
Forçando você a confrontar blasfêmias indizíveis

Nenhum novo horror pode ser mais terrível
Do que a tortura de não saber o que nos observa

Por trás dos oceanos disformes do universo
Olhando nas rachaduras da realidade
Você testemunha com seus olhos mortos
Um caos grotesco e repulsivo
Expelindo constelações mortas de estrelas