O homem é inseto que faz o próprio veneno
É dormente quando esperto e brusco quando ameno
Um zero quando próspero e falso quando sincero
É chave sem fenda que se põe a venda
Em sua torre de marfim
A cobiça é o jasmim
Que enfeita o seu jardim
Nessa terra de ganância sem fim
O homem é impotente, mesmo onipresente
É História sem final e fábula sem moral
Ignora quando escuta, discute sem disputa
Vive pelo emprego e morre sem sossego
Em sua torre de marfim
A cobiça é o jasmim
Que enfeita o seu jardim
Nessa terra de ganância sem fim
O homem se conforma
E o padrão adorna
Chora no circo e foge no cerco
Se expõe como um manequim
Mata com tiros de festim
É o vão útil, mais um entre mil!
Em sua torre de marfim
A cobiça é o jasmim
Que enfeita o seu jardim
Nessa terra de ganância sem fim
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