Me deixaram só em mim
Redesenharam a luz que se projeta em meu espelho
Me reapresentaram ao reflexo
Que me roubava a pele, o semblante e os trejeitos
Esse desconhecido semelhante
A contemplar a palidez de que se fez
Carrega a imagem esquecida que não sou
E as lembranças comedidas do que passou
E ele sabe ser melhor
Do que a sombra em que me transformei
E o vazio que se apossou de mim
A tormenta que não tem fim.
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