Já não chovia há anos
E os planos não tinham água pra oferecer
Além de quem quando a sede afeta a boca
Você não quer escutar também
Refém da distância, da circunstância e boa vontade de alguém
Desejo sensibilidade a quem tem pensamento torto
Vive a zona de conforto, morto, pois
Muita gente não difere água de amor
Porque ainda não sentiu nenhum dos dois
Andando por praça
O semblante disfarça
Meu semelhante em desgraça
Clamando por graça
E vai, e a lágrima nem cai
Ter essa gota é privilégio maior que ter pai
Onde a maldade se esconde em milhão
Fazendo a cidade ter que se chamar Coração Humano
Contrato de ignorância vitalícia
Que só vai notar sua dor quando ela for notícia
A chuva virá pro solo que já secou
Levantará na seara um trabalhador
Pra espalhar tua palavra e ser Petrichor
Então falar que pra onde enviar eu vou!
A chuva virá pro solo que já secou
Levantará na seara um trabalhador
Pra espalhar tua palavra e ser Petrichor
Então falar que pra onde enviar eu vou!
E eu andava pensando em quem morava ali
E logo vi que pra eles desistir é um plano
O termômetro não reflete o calor humano
E o vento traz o som dos demônios zombando
Longe de casa o solo é tão seco
Você entra na cena pra ser a saída do beco
Uma ajuda singela
Não tô aqui pra ser a luz no fim do túnel
Mas pra refletir ela
Uma vela que se torna chama pra trazer Água da Vida
Na esperança de ser esperança prometida
E quando a chuva cai não pode ser interrompida
Independente de ser um ou milhões na avenida
É ter que resolver mil contratempos de uma vez
Onde a estrada da vida é um corredor polonês
Pois toda vez que alguém ajoelhar
Tem contato direto com o céu, porque as nuvens não estão lá
A chuva virá pro solo que já secou
Levantará na seara um trabalhador
Pra espalhar tua palavra e ser Petrichor
Então falar que pra onde enviar eu vou!
A chuva virá pro solo que já secou
Levantará na seara um trabalhador
Pra espalhar tua palavra e ser Petrichor
Então falar que pra onde enviar eu vou!
Vão! Ele disse: Vão!
Água e pão, essa é sua missão
Cê não enxerga, irmão?
Se quando um nó é cego não tem solução
Pessoas cegas, o que é que elas são?
Então, vá! Só vai perceber
Que só vai amar quando você ver
É sentir na pele. E você expele todo o seu querer
E se entrega pra que se revele a razão de viver
E nunca pensa em voltar
Pra nunca se arrepender
Pra nunca pensar em que nunca você
Teve a chance de poder fazer
É quando sentir o chamado
Cê ta preparado pra poder dizer
To pronto, focado, jamais vou ta envergonhado
Quando eu morrer
Ser chuva no meio do deserto, ta sempre por perto
De cada destino incerto
Aberto pra tanto coração fechado
Chocado com o que ele vê
Eu faço com que cada passo que eu traço
Me traga mais um novo laço
Renasço na fé quando passo adiante
Toda essa mensagem que faz eu viver
A chuva virá pro solo que já secou
Levantará na seara um trabalhador
Pra espalhar tua palavra e ser Petrichor
Então falar que pra onde enviar eu vou!
A chuva virá pro solo que já secou
Levantará na seara um trabalhador
Pra espalhar tua palavra e ser Petrichor
Então falar que pra onde enviar eu vou!
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