Eu construí esse império com as minhas próprias mãos (minhas mãos)
Nenhuma coroa me foi dada, eu conquistei essa terra (minha terra)
Sussurram quando eu entro, com medo de encarar (medo de olhar)
Porque rainhas como eu? A gente não liga (não tá nem aí)
Me veja botar pra quebrar!

Não sou sua menininha, sou a tempestade que você teme (me teme)
Trabalhei por cada vitória, cada sangue, cada lágrima (cada gota)
Ajuda ao longo do caminho? Teve, não vou negar (não vou mentir)
Mas se eu não tivesse sangrado por isso, teria morrido (teria morrido)
Eu não choro, não imploro, não fico esperando (nem ferrando)
Entro em qualquer sala, eu mando nessa cidade (eu comando)
Poder nas minhas veias, fogo na minha alma (na minha alma)
Você gostaria de poder, mas eu estou no controle (controle total)

Falam demais, mas não viveram o que eu vivi (o que eu passei)
Querem me prender, mas eu nasci pra vencer (pra voar)
Não sigo tendência, sigo minha missão (minha visão)
Sou a chefona com precisão letal (cirúrgica)

Eu não te devo porra nenhuma! (Nada, porcaria nenhuma)
Não preciso dos seus lábios pra validar minhas vitórias (meus feitos)
Eu dei tudo de mim, eu tornei isso realidade (eu fiz acontecer)
Agora eu sou o show, o arrepio, o negócio (sou tudo)
Eu não te devo porra nenhuma! (Continua falando)
Se não vai aplaudir, amor, pode vazar (sai da frente)
Sou dona do jogo, viro a chave (eu controlo isso)
Curve-se, querido, eu sou essa fodona (isso mesmo)

Nada, nada, absolutamente nada

Cheguei mudando o jogo, causando tensão (pura tensão)
Me olham de lado, mas copiam meu caminho (meus passos)
Não precisei baixar meus padrões (nunca)
Elevei a régua, vesti minha coroa invisível (minha coroa)
Não nasci rainha, eu me tornei uma (por mérito próprio)
Enquanto você dormia, eu estava fazendo o meu trabalho (o meu corre)
Fiz minha própria sorte, comprei meu próprio trono (paguei tudo)
Agora eu brilho intensamente, e faço isso sozinha (tudo sozinha)

Eles não podem apagar minha luz!

Eu entro e o silêncio berra – isso é poder (sou eu)
Botas acima do joelho, fazem os homens fracos se encolherem (os fazem fugir)
Quiseram me por numa caixa? Eu sou a dona do ringue inteiro (do jogo todo)
Enquanto você tuita ódio, eu conto minhas vitórias (uma por uma)
Quebrei as correntes, agora as uso como ouro (como joia)
Histórias não contadas, mas minha lenda é ousada (bem ousada)
Sou o pesadelo que os chefes respeitam (eles me temem)
Divulguei meu nome, agora eu recebo cada cheque (cada cheque)
É pras rainhas, não pras maldosinhas, nem pros sonhos falsos (rainhas reais)
Para vadias malvadas com planos de império (grandes planos)
Nós não pedimos permissão!

Isso é pras garotas que se levantam (que se erguem)
Que choram sozinhas, mas voltam duas vezes mais sábias (e mais fortes)
Que mudam de forma, não pra caber (nunca pra caber)
Mas pra virar quem sempre foram por dentro (o eu verdadeiro)
Não precisamos da sua validação!
Nós somos nossa própria salvação!

Nós não te devemos porra nenhuma! (Falem alto)
Somos a voz, a coroa, o som dourado (somos tudo)
Sangramos, construímos, viemos do pó (do nada)
Agora reinamos, em Deus confiamos (e em nós também)
A gente não deve porra nenhuma! (Nem um centavo)
Fiquem com o trono, nós somos as verdadeiras rainhas (realeza de verdade)
Sem permissão, sem submissão (nunca se curvar)
Somos a lenda – essa é a missão (nosso destino)

Nada, nada, absolutamente nada
Rainhas, rainhas, nós somos as verdadeiras rainhas
Levantem-se, levantem-se, nós nos multiplicamos
Poder, poder, a cada hora

Eu não explico, não reclamo
Eu apenas passo e deixo que sintam a chama
Não estou aqui para pedir permissão
Estou aqui para comandar toda a maldita missão
Curvem-se