A classe roceira e a classe operária
Ansiosas esperam a reforma agrária
Sabendo que ela dará solução
Para situação que está precária
Saindo o projeto no chão brasileiro
De cada roceiro plantar sua área
Sei que na miséria ninguém viveria
E a produção já aumentaria
Quinhentos por cento até na pecuária
Esta grande crise que há tempos surgiu
Maltrata o caboclo ferindo o seu brio
Dentro de um país rico e altaneiro
Morre brasileiro de fome e de frio
Em nossas cidades ricas em imóveis
Milhões de automóveis já se produziu
Enquanto o coitado do pobre operário
Vive apertado ganhando salário
Que sobe depois que tudo subiu
Nosso lavrador que vive do chão
Só tem a metade da sua produção
Por que a semente que ele semeia
Tem quer ser a meia com o seu patrão
O nosso roceiro vive num dilema
E o seu problema não tem solução
Porque o ricaço que vive folgado
Acha que o projeto se for assinado
Estará ferindo a Constituição
Mas grande esperança o povo conduz
E pede a Jesus pela oração
Pra guiar o pobre por onde ele trilha
E para a família não faltar o pão
Que eles não deixem o capitalismo
Levar ao abismo a nossa nação
A desigualdade que existe é tamanha
Enquanto o ricaço não sabe o que ganha
O pobre do pobre vive de tostão
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