Num momento exato
Num papel, caneta, lápis
Numa hora incerta
Olhe para as mãos de um poeta
Olhe para os dedos caminhando as letras
Olhe através e veja uma cidade
Submersa a um labrinto sem fronteiras
Num momento exato
Num papel, caneta, lápis
Numa hora incerta
Olhe para as mãos desse atleta
Do pensamento e da incerteza
Imaginando coisas que nem pensa
Revelando as cores de outros sentimentos
Os anjos a brincar de construir
Palácios sobre o mar
Somente pro poeta mergulhar
E conhecer o fundo, tão fundo
Um outro céu...
Ninguém vai perceber
Se um dia a poesia desaparecer
Se um dia você se lembrar
Num momento exato
Numa hora incerta
Olhe para as mãos de um poeta
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