Música lenta que toca acelerada
Acho porque é cedo demais para quem está atrasado
Nessa claridade escura de quem vê o invisível, o ar
E eu aqui na terra, um planeta água
Fração do indivisível, um todo
Ouço um silêncio, que aliás está tão alto
Nessa pausa que não para de tocar
Paradoxo, incoerência
Paradoxo, poesia surreal
Paradoxo, incoerência
Paradoxo, poesia surreal, salvador dali
Noites quentes de inverno, no verão vai esfriar
Um político sincero, um malvado bom algoz
Cheio de um vazio eu escuto o inaudível
Trovador sem redondilhas, poesias sem rimar
Doce jurubeba, amarga doce vida
De dias tão noites, de noites tão dias
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