Hoje me pergunto o que é que sou
O espelho refletindo o traço nagô
Com a marcação atarantada desse peito, tambor
Africanamente, brutalmente em mente
Brasilidade formada, sangue suor e lágrimas fazendo
Mostrando raça e festa na dor
Salve zumbi, liberdade sem dor!
Salve pai Chico, axé meu amor!
No ventre da minha mãe fui poeta, fui cantor
No ventre da minha mãe dançarino e ator
No ventre da minha mãe fui menino sofredor
No ventre da minha mãe um guerreiro sonhador
Eee le ooo
Eee le ooo
Eee le ooo
Ilê oo
Ilê oo
Antes mesmo de nascer, vi minha tribo saqueada
O meu povo perseguido, uma nação escravizada
Gente grande e pequena, na maior desigualdade
Desemprego, fome e crime nos campos e nas cidades
Desemprego, fome e crime nos campos e nas cidades
Eles atravessaram o Atlântico para purgar
Os pecados que não haviam cometido
Resistiram bravamente a cada enxadada
Aceitaram a cruz no fio da espada
Adoçaram nosso café com o amargor do verde
Que tomava conta de Pernambuco e de outros litorais
Hoje o grito está engasgado, humilhado, elitizado
Nossa mãe resistiu, nos semeou com muita sorte
Somos filhos e filhas do universo, bem mais forte que a morte
Nossa mãe resistiu, nos semeou com muita sorte
Somos filhos e filhas do universo, bem mais forte que a morte
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