Bronca cuando ríen satisfechos
Al haber comprado sus derechos
Bronca cuando se hacen moralistas
Y entran a correr a los artistas
Bronca cuando a plena luz del día
Sacan a pasear su hipocresía
Bronca de la brava de la mía
Bronca que se puede recitar
Para los que toman lo que es nuestro
Con el guante de disimular
Para el que maneja los piolines
De la marioneta universal
Para el que ha marcado las barajas
Y recibe siempre la mejor
Con el as de espadas nos domina
Y con el de bastos entrar a dar y dar y dar
Marcha, uno, dos
No puedo ver tanta
Mentira organizada
Sin responder con voz ronca
Mi bronca, Mi bronca
Bronca porque matan con descaro
Pero nunca nada queda claro
Bronca porque roba el asaltante
Pero también roba el comerciante
Bronca porque está prohibido todo
Hasta lo que haré de cualquier modo
Bronca porque no se paga fianza
Si nos encarcelan la esperanza
Bronca, bronca
Los que mandan tienen este mundo
Repodrido y dividido en dos
Culpa de su afán de conquistarse
Por la fuerza o por la explotación
Bronca pues entonces cuando quieren
Que me corte el pelo sin razón
Es mejor tener el pelo libre
Que la libertad con fijador
Marcha, uno, dos
No puedo ver tanto desastre organizado
Sin responder la voz ronca
De bronca, de bronca
Bronca sin fusiles y sin bombas
Bronca con los dos dedos en v
Bronca que también es esperanza
Marcha de la bronca y de la fe
Marcha, uno, dos
Raiva quando dão risada satisfeitos
Tendo comprado os seus direitos
Raiva quando se fazem de moralistas
E eles botam para correr os artistas
Raiva quando em plena luz do dia
Levam para passear a sua hipocrisia
Raiva da brava, da minha
Raiva que dá para recitar
Para aqueles que tomam o que é nosso
Com a luva de dissimular
Para quem manipula o cerol
Do fantoche universal
Para aquele que marca o baralho
E sempre obtém o melhor
Com o ás de espadas nos domina
E com o rei vem nos dar e dar e dar
Marcha, um, dois
Eu não posso ver
Tanta mentira organizada
Sem responder
A voz ronca, de raiva, de raiva
Raiva porque matam sem dó
Mas nunca nada fica claro
Raiva porque o assaltante rouba
Mas também o governante rouba
Raiva porque tudo é proibido
Até o que vou fazer mesmo assim
Raiva porque não da para pagar a fiança
E encarceram nossa esperança
Raiva, a raiva
Os que mandam têm este mundo
De saco cheio e dividido em dois
Por causa de seu desejo de conquistar
Pela força ou exploração
Raiva pois então quando querem
Que eu corte o cabelo sem razão
É melhor ter o cabelo livre
Que essa liberdade com fixador
Marcha, um, dois
Eu não posso ver tanto desastre organizado
Sem responder
A voz ronca, de raiva, de raiva
Raiva sem fuzis e sem bombas
Raiva com os dois dedos em V
Raiva que também é esperança
Marcha da raiva e da fé
Marcha, um, dois
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