A noite é de pedra
De pedra os muros
E as tebras de pedra
O chan e as reixas
As cadeas e as portas
O ar e as fenestras
E as olladas lonxanas
Tamén son de pedra
Os corazós dos homes
Que ó lonxe espreitan
Coma o seu sangue
Tamén son de pedra
I eu morrendo
Nesta noite de pedra
E de menceres mortos
Longa noite de pedra
A noite é de pedra
De pedra são os muros
E as trevas de pedra
O chão e as grades
As correntes e as portas
O ar e as fenestras
E as olhadas distantes
Também são de pedra
Os corações dos homens
Que de longe espreitam
Como o seu sangue
Também são de pedra
E eu morrendo
Nesta noite de pedra
E de amanheceres mortos
Longa noite de pedra
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