Caí numa armadilha da mente tempestuosa
Embrulhei a mão em volta do copo de novo
Nós todos pensamos
Que eu talvez mudasse ao envelhecer

Tombei e nada sangrou
Embrulhado em algodão, álcool de novo
E o barulho que escuto
Do incômodo vindo dos meus ombros

Sirvo livremente os pensamentos amargurados
É tarde demais para falação mas
Ainda não desisti
Do desejo de que eu estivesse sóbrio

Perdoe-me, eu não consigo falar direito
Perdoe-me, não consigo
Perdoe-me, já é bem tarde

Dou uma golada na droga de escape
Abrindo os portões o dilúvio vem
É como o pintar do amor
Me atinge sem aviso

Longas noites me perdendo
Ando por debaixo da ponte, sei lá
Preciso de um terno preto para amanhã
Estou de luto

Meu amor, você deve saber
O melhor de mim se foi a horas atrás
Então derrame isso tudo na minha boca
E deixa queimar

Consequências e danos causados
Eu não posso descantar coisas que cantei
E ainda não desistindo
Do desejo de estar sóbrio

Perdoe-me, eu não consigo falar direito
Perdoe-me, não consigo
Perdoe-me, já é bem tarde

Oh, vem me chacoalhar até eu ficar seco
Oh, eu gostaria de estar sóbrio
Oh, vem a mim e faz essa noite passar
Eu gostaria de estar sóbrio