Vejo no pano uma mancha nojenta
Vejo no pano uma lágrima sangrenta
Que caiu dos meus olhos inundados
Que encheram depois que fiquei magoado
Tentei me matar, não consegui
Não tive coragem de cravar a faca
Mas não posso ficar parada aqui
Eu te fiz de trouxa e de panaca
Cega fiquei por um pequeno instante
A lágrima havia escorregado e pingado antes
Nunca pensei ficar tão decadente
Nunca mais fico contente
Na minha roupa uma lágrima sangrenta
Coagulada depois de um tempo lenta
Pedaços de carne jogados na mesa
Dessa forma saí, muito bem ilesa
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