Em tempos bicudos, galinhas caipiras viram lata
Enfiam o bico na lixeira atrás de um milho
Uma quirera alheia
E vão querendo sobreviver tentando se alimentar
Das sobras titicas que os homens não querem mais aproveitar
E são o espelho de um mundo assim sem cercas e sem quintais
Que esperam os tempos de galinhas magras ficarem pra trás
E sofrem reais consequências de tempos modernos
Os sacos que trazem comida embalam os restos nus
No lixo o alimento abstrato se torna correto
Galinhas não acham minhocas ciscando em concreto
Có có corocó co corocó cocó có có corocó có
Em tempos bicudos, galinhas caipiras viram lata
Enfiam o bico na lixeira atrás de um milho
Uma quirera alheia
Ao chão abaixando a crista enfim pros donos de capitais
Cantando de galos em seus criadouros artificiais
Mas não se entregam sem resistir lutando pra serem rurais
Saqueiam os sacos da elite tais como frangos marginais
E sofrem reais consequências de tempos modernos
Os sacos que trazem comida embalam os restos nus
No lixo o alimento abstrato se torna correto
Galinhas não acham minhocas ciscando em concreto
Có có corocó co corocó cocó có có corocó có
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