Contam estórias pelo cais
Que não nos deixam mais dormir
Todos atentos, um passo atrás
Com medo do que existe ali
Eu já vi, veio do mar
Eu vivi pra contar
Da morte ele é o abraço
A fúria do gancho de aço
Atingido por um arpão
Que amputou a sua mão
Morreu do tanto que sangrou
Mas antes vingança jurou
Eu já vi, veio do mar
Eu vivi pra contar
Da morte ele é o abraço
A fúria do gancho de aço
Seu barco é invisível de dia
A noite, sua companhia
O vento é o seu canhão
E o medo, sua munição
Eu já vi, veio do mar
Eu vivi pra contar
Da morte ele é o abraço
A fúria do gancho de aço
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