Malu perdeu a graça de vez
Desfez a trança talvez para parecer
com qualquer mulher
Vulgar agora até no vestir
Desaprendeu a sorrir para não despertar
Simpatia em quem nem merece um olhar
Febril,
ébrio de chorar marés por quem a mim só feriu
Azul deixou de ser sua cor
desceu para um tom menor que oculta
o seu real esplendor
Passou por esta rua sem ver
Quem da janela, a pender, a olhava
Sem nunca a poder ter
Sorrio,
Enfim, ao olvidar a quem nunca nem me foi gentil
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