Sábado à tarde
Sábado à tarde, às quinze para as cinco
Eu o vi chegar à porta
Empurrou você de lado enquanto entrava cambaleando
Cuspindo álcool pelo chão
Uma tempestade está se formando e ela vai cair em breve
Enquanto te observo da costa

Então é melhor você aguentar
Porque é sábado à noite
E todos os seus amigos saíram
E você se sente uma merda
Porque eles nunca te chamam
Não, eles nunca te chamam
Não, eles nunca chamam, nunca chamam
Nem uma única vez

Xingue-me e te darei uma surra de novo
Você é uma vagabunda, uma vaca, uma vadia
Fale com seu pai nesse tom de voz
Há um cinto pendurado atrás da porta
Então você corre para o seu quarto
E se esconde no seu quarto
Pensando em como poderia se vingar

Mas é sábado à noite, às quinze para as seis
E todos os seus amigos saíram
Mas você mora no fim do mundo
Ainda, eles nunca te chamam
Não, eles nunca te chamam
Não, eles nunca chamam, nunca chamam
Não chamam nem uma única vez

A sirene azul na noite do último sábado
Levou todos os vizinhos à rua
Observamos enquanto os bombeiros te carregavam
E ficamos encarando os pés uns dos outros
Agora todo mundo vê e, no entanto, ninguém diz nada
Estamos só com medo do fogo?

Mas é sábado à noite
E eu estou deitado sozinho na cama que fiz
Desconectei o telefone
Ainda, eles nunca te ligaram
Não, eles nunca te ligaram
Não, eles nunca ligam, nunca ligam
Não ligam nem uma única vez
Nem uma única vez

Nunca ligam
Nunca ligam