O paysano chaira a faca
E experimenta o fio no dedo
Enquanto outro paysano
Lhe olha cheio de medo
Repensa seus desagravos
Busca uma prece com calma
Esquecido no desprezo
De quem já vendeu a alma
Resta pouco é só esperar
Por que o destino não erra
Quem fez vai pagar o preço
Com sete palmos de terra
Por que a faca em desatino
Lambendo de tão afiada
Ainda trás a mesma fome
De sangrar boi nas charqueadas
O paysano até nem pensa
Vai honrar um pobre irmão
Que morreu nas mesmas mãos
Que hoje lhe pedem perdão
É vida e morte em namoro
É um taura perto do fim
É o medo dizendo não
É a faca dizendo sim
Quieto o paysano de joelho
Engasga a voz da pergunta
Levanta as mãos para o céu
Com tento atadas bem juntas
Ouve de perto a conversa
Da faca e chaira em achego
Imagine estar nas mãos de um Latorre no rio negro
E qual seria a razão
De ser cobrado e cobrar
De decidir por sua conta
Fazer justiça ou perdoar
Um olhar tinto de sangue
Mostrando a raiva que tem
O outro pedindo arrego
Pra faca na mão de alguém
Quase um silêncio mortal
Por um instante se faz
O paysano fecha os olhos
Relembra tempos atrás
O outro ajeita a sua boina
E a bainha na guaiaca
Sabe da dor do castigo
Mas segue chairando a faca
Chairando a faca
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