Há uma ponte entre os meus sonhos
E as tuas mãos já desbotadas
Há um muro entre a justiça
E os teus olhos tão cansados
Há um choro entre os meus versos
E a fome e os flagelados
Há um louco entre o perdão
E os nervos de soldado
Que se quebrem os grilhões
Que se abram as prisões
Que explodam os canhões
Que se cantem as canções
De guerra
Há um jogo entre a verdade
E a mais secreta das vontades
Há um rio entre a esperança
E os braços da mudança
Há um leito entre a coragem
E teus lábios sem palavras
Há um grito entre o trabalho
E o suor do seu salário
Que se quebrem os grilhões
Que se abram as prisões
Que explodam os canhões
Que se cantem as canções
De guerra
Há um abismo entre o meu cetro
E tuas causas camponesas
Há um morto entre estes carros
E meus pés de andador
Há um império entre o desprezo
E tua falta de dinheiro
Há uma sombra entre o linchado
E a injustiça mascarada
Que se quebrem os grilhões
Que se abram as prisões
Que explodam os canhões
Que se cantem as canções
De guerra
Há um vulto entre as certezas
E as tais quase verdades
Há uma espada entre o oprimido
E os lucros do poder
Há um vício entre o teu tédio
E a solidão dos loucos
Há um aborto entre o status
E a essência do seu ser
Que se quebrem os grilhões
Que se abram as prisões
Que explodam os canhões
Que se cantem as canções
De guerra
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