Como é difícil adormecer quando sinto saudades de Vossa Majestade
Quão difícil de viver quando anseio pelo calor do vosso diabo
E céus lívidos sobre Wittenberg
E as ruas e calçadas vazias da cidade
Tudo se afunda em lágrimas mortas
E anseia por charlatanaria
Mephisto, nasceste de novo dentro de mim
Mas falareis os meus nomes nas línguas antigas?
Entre milhares de chamas de profanação
Corpos nus a fluir na corrente dos sonhos selvagens
Despojo-me das minhas virtudes sagradas
O quadro da dominação masculina (e tratamento em sangue)
E sangue e orgulho velhos e já coagulados
Mas ainda consigo ver as suas gotas na minha cara de bot
E dor e velas por todo o lado e incenso
E o vosso sonho que desejo despertar todos os dias
Tudo tão efémero e igualmente irreal
E este sangue e estas velas arderam; e ardem até hoje
Mefistófeles, milhares de vezes vi durante o sono
A essência da vida eterna, mas será que a encontrei?
Se eu sou quem sou, então bombardearei a raça humana
Com o feitiço do inferno
Vou mais fundo o que o Dante fez
E domar as minhas cobras
Sinais e símbolos fálicos, a semente da verdade
E a crença na vida eterna