12 técnicas de baixo para dominar
Aprenda as principais técnicas de baixo para evoluir no instrumento!
Tocar baixo é muito mais do que seguir as notas: é sobre ditar o groove e conectar a harmonia ao ritmo. Para fazer isso, dominar um conjunto de técnicas de baixo é fundamental.
Se você já conhece o básico, este guia vai aprofundar seu vocabulário técnico. Vamos explorar 12 técnicas para ambas as mãos. Vem com a gente!
Principais técnicas de baixo para a mão direita
A mão direita (ou a mão que toca as cordas, para canhotos) é responsável pelo ataque, pela dinâmica e pela definição do ritmo e do timbre.
A forma que você usa essa mão define diretamente o som e o feeling do seu groove.
Por isso, vamos ensinar agora como utilizar as técnicas de baixo para a mão direita.
Pizzicato
O pizzicato é a mais comum entre as técnicas de baixo. Nela, você toca as cordas com os dedos indicador e médio, em um movimento de “pinça”. Eventualmente, outros dedos podem ajudar.
Use a polpa dos dedos indicador e médio para puxar as cordas. O movimento deve partir da articulação dos dedos, não do pulso.
A alternância constante entre indicador e médio é crucial para desenvolver velocidade e uniformidade de som.
Palhetada alternada
A técnica de palhetada alternada oferece um ataque mais agressivo, definido e percussivo, muito comum no rock, punk e metal.
Segure a palheta com firmeza, mas sem tensão excessiva. O movimento deve vir principalmente do pulso, alternando golpes para baixo e para cima.
Mantenha a palheta em um ângulo leve em relação à corda, não totalmente paralela, para evitar travar e produzir um som mais suave.
Outro tópico importante é a espessura da palheta: prefira modelos com 1,5 mm ou mais para maior estabilidade e precisão no ataque.
Ainda que seja uma questão pessoal, recomendamos evitar palhetas muito flexíveis (inferiores a 1 mm). O maior recuo nas cordas graves pode comprometer a técnica.
Slap
O slap é uma técnica em que o polegar é usado para golpear a corda, produzindo um som percussivo e grave.
Para executar, utilize a lateral da junta do polegar e faça um movimento rápido de rotação do pulso, deixando a corda bater nos trastes.
O segredo está em focar em um movimento leve e controlado, buscando sempre o som percussivo.
Pop
O pop é feito puxando a corda com o dedo indicador ou médio, “enrolando” levemente o dedo sob a corda e soltando para que ela volte a bater no braço do instrumento.
É muito usado em combinação com slap e ghost notes.
Palm muting
O palm muting é uma técnica essencial para controlar a sustentação das notas.
Apoie a lateral da palma da mão direita próximo à ponte do baixo, tocando as cordas com os dedos ou com a palheta enquanto a palma as abafa levemente.
A quantidade de pressão da palma determina o nível de abafamento.
Menos pressão resulta em um som mais aberto; mais pressão, em um som mais seco e percussivo.
Double thumb
O double thumb é uma variação do slap que utiliza o polegar para tocar para baixo e para cima, similar ao movimento de uma palheta.
Esta técnica permite maior velocidade e fluidez, facilitando a execução de linhas rítmicas complexas.
Para dominá-la, pratique lentamente. Garanta que ambos os ataques soem com igual intensidade antes de aumentar a velocidade.
Tapping
Embora mais associado à guitarra, o tapping também é muito utilizado no contrabaixo.
Nela, você usa a mão que normalmente palheta (direita para destros, esquerda para canhotos) para realizar hammer-ons e pull-offs diretamente no braço do instrumento. No geral, em combinação com os dedos da outra mão.
É possível fazer tapping com um ou vários dedos da mão direita, criando acordes, arpejos e escalas que seriam difíceis de tocar com as técnicas convencionais.
Técnicas de baixo para a mão esquerda
Enquanto a mão direita define o ataque, a mão esquerda é responsável pela formação das notas, afinação e expressividade.
Dominar as técnicas de baixo para mão esquerda garante clareza e emoção no que você toca.
Ligados
Os ligados são técnicas essenciais da mão esquerda no contrabaixo e incluem o hammer-on e o pull-off.
No hammer-on, você toca uma nota e, sem usar a mão direita, “martela” um dedo em uma casa mais à frente no braço para produzir uma nova nota.
Já no pull-off, parte de uma nota já tocada e o dedo é levemente puxado para baixo ao sair da corda. Isso faz soar a nota do dedo que permanece pressionado ou a corda solta.
Essas técnicas são importantes para a articulação das frases musicais. Também servem para reduzir o esforço da mão direita em passagens rápidas.
Slide
O slide é uma técnica de expressão que cria uma transição suave entre duas notas.
Após tocar uma nota, deslize o dedo da mão esquerda pela corda, mantendo a pressão, até alcançar a nota de destino.
O som do movimento entre as notas é audível e você pode fazer o slide de forma ascendente, de uma nota grave para uma mais aguda, ou descendente, de uma nota aguda para outra mais grave.
A chave é manter uma pressão consistente durante o deslize para que o som não se interrompa.
Vibrato
O vibrato é usado para dar mais expressão às notas longas. Isso evita que elas soem paradas ou sem vida, e também pode aumentar um pouco a sustentação das notas.
Existem dois principais tipos:
- Vibrato horizontal: a mão se move levemente para os lados, alterando um pouco a afinação da nota.
- Vibrato vertical: o dedo faz um pequeno movimento de rolagem para cima e para baixo, criando uma variação mais sutil. Com a prática, é possível controlar melhor a velocidade e a intensidade do efeito.
Ghost Notes
As ghost notes são toques abafados que funcionam como elementos percussivos dentro do groove.
Para fazer, basta tocar a corda sem a pressionar totalmente com a mão esquerda, produzindo apenas um som curto e seco, sem altura definida.
Muting (abafamento com a mão esquerda)
O muting com a mão esquerda é essencial para manter o som limpo e evitar ruídos indesejados.
A ideia é usar os dedos que não estão tocando notas para encostar levemente nas cordas vizinhas, impedindo que vibrem por ressonância.
Por exemplo, ao tocar uma nota na corda E com o indicador, os outros dedos podem abafar as outras cordas encostando levemente nelas.
Essa técnica é importante para manter o controle do som e adiciona mais clareza às notas sendo tocadas.
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Carlos de Oliveira
Redator Web com especialização em SEO e escrita para blogs e redes sociais. Estrategista de conteúdo. Músico, compositor e colecionador de LPs, CDs e DVDs. Toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano e bateria. Escreve para o Cifra Club desde abril de 2022.