Minha mente é um bau de saudade
De um tempo em que eu fui carreiro
Nuncamais fui feliz de verdade
Estou vivendo outra realide
Bem distante do carro estradeiro
Meu papel eu cumpri com alegria
Mais chegou meu tempo de parar
Hoje vivo esperando o meu dia
Nessa vida tristonha e vazia
Peço á deus que venha me buscar
Nesse rancho aqui no pé da serra
A saudade é minha companheira
O meu carro e os trilhos da terra
São retratos que meu peito encerra
Com herança da lida estradeira
Nessas bandas eu cheguei primeiro
Com as juntas e o meu carretão
Transportanto o progresso pioneiro
Desbravando o sertão brasileiro
Onde agora se ve plantação
Vou vivendo meus anos finais
A saudade tem me machucado
Lembro os dias que não voltam mais
Suspirando nos meus tristes ais
Recordando meu tempo passado
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