Naquela noite eu te chamei
Pra dar nome às estrelas
Mas Deus, já desconfiado,
Não quis acendê-las.
Nossos corpos buscaram o aconchego
Na cumplicidade da rede
Nossos lábios se umedeceram
Saciando a antiga sede
Lá do alto nas grimpas do céu
Alguém de sentinela
Vigiava sutilmente nossos gestos
Na rede amarela.
E num breve descuido de repente
A noite ficou nua
E abençoando aquele amor
Mandou cobri-la
Com o manto da lua
Você foi a minha estrela
Tão acesa e tão bela
De manhã eu fui o seu sol
Na rede amarela
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