Se é para escolher a força de vencer convém ser decisivo
É pela coragem que alguém mantém uma parte de si vivo
Procurei caminhos e o que era para mim nunca foi decidido
Havia atitude pra ter e perdi por não ter permitido

A mão que nos alicía
Não é a que mais nos acaricía
Por momentos até parecia
Que tinha as mãos dadas com quem me seguia
Vi tão perto o que agora se afasta, coração aberto só trouxe desgraça
Tão certo que pra ter o que me desgasta só basta ser eu

Demorei a encontrar-me
Senti que estava distante
Não tinha brilho nem charme
Nem me sentia importante

Sempre que quis entregar-me
Nunca fui suficiente
Eu só queria ser gente, eu só queria ser gente

Mas perdoa
Se a voz que me sua não soa
Se asa que estendo não voa
Se não tive tudo o que quis

Mas perdoa
Se a minha vontade magoa
Se a vida já não me abençoa
Se ainda luto por ser feliz

É no declínio que eu vejo o fascínio de me superar a cada momento
Sem patrocínio de pacotes premium
Vendidos à pala do sentimento
Se tens um caminho pra mim, define-o
Já fui mais exímio a perder tempo
É que eu não me alinho com falso domínio
Promessas bonitas leva-as o vento

Lutei, esperei, cansei de mim
Fugi, mudei, cheguei ao fim
Só Deus sabe como doeu
Ser eu de novo

Amei, sofri, larguei e após
Chorar, sorri, soltei a voz
Gritei ao mundo quem sou eu

Mas perdoa
Se a voz que me sua não soa
Se asa que estendo não voa
Se não tive tudo o que quis

Mas perdoa
Se a minha vontade magoa
Se a vida já não me abençoa
Se ainda luto por ser feliz