Morena milonga mansa
Me perfuma meus anseios
Eu me torço nos arreios
Quando passo em tua janela
E me transformo em profeta
Adivinhando meu rumo
Acho lumes no escuro
Ao lembrar do rosto dela
Banhaste naquele dia
Teu corpo amorenado
E aromada de orvalho
E me misturaste ao povoeiro
E talvez entre os candieiros
E as estrelas ao léu
Foste o brilho do meu céu
Numa noite de janeiro
Este destino andante
Sobre um mouro destapado
Já não encontra sossego
Nem nas águas de um amargo
Se as rondas se param inquietas
E a lua perdeu o brilho
É porque a velha alma
Rastreia sempre o teu trilho
Por isso minhas milongas
Nessas madeiras sonoras
Tem ressonâncias plantadas
E o ruflo das esporas
Me plantei junto a mim mesmo
Nos versos que fiz pra ti
Já não me vejo solito
Quando andejo por aí
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