Eu quero é ver você despencar
Do octogésimo primeiro andar
Dentro de um balde sem água
Olhar sua roupa manchada de sangue
E perceber sua vulnerabilidade
Você que sempre me contava estórias de terror
Em que o sapo e a princesa
Terminavam comendo quebra-queixo no grande final
Hoje limita-se a olhar para o céu
À procura de pilhas alcalinas pro seu aparelho de barbear
Todos seus gestos foram armazenados na minha unha encravada
Não há nada que eu não saiba sobre você
Rasga-se o tempo, transforma-se o dia em cana da brava
E seu sorriso permanece um mórbido buquê
Duas semanas e meia atrás você me disse
Que os hipopótamos não sabiam plantar bananeira
E que os hipopótamos não sabiam dançar balé
Tudo mentira
Tenha acesso a benefícios exclusivos no App e no Site
Chega de anúncios
Badges exclusivas
Mais recursos no app do Afinador
Atendimento Prioritário
Aumente seu limite de lista
Ajude a produzir mais conteúdo