Ipupiara
Traz grão medo a toda gente
Há tempos se mostrara
Na vila de São Vicente
E os índios da terra só de o mirarem morrem de pavor
Metade monstro, metade sereia
É o Ipupiara
Vamos sair do rio
Demo encarnado para o velho jesuíta
Monstro marinho para Gândavo, o humanista
Trópica fauna para quem vê bem de perto
Pelo labirinto desses desencontros narrativos
Mas seus olhos deixam ver a dor, eu sei
Metade homem, metade baleia
É o Ipupiara
Vamos sair do rio
Algum monstro sempre houve que põe a tribo toda de pé
Não é o Ipupiara, é bicho homem de grossa fé
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