Bate o sino da cidade
Inevitável cena de sina e dor
Olha o circo lá vem vindo
Alegria da multidão
Adiante um estandarte
Vejo risos, malabares e uma canção
Em seus rostos coloridos
Travessuras, improvisos e solidão
Onde os olhos não podem ver, nas entranhas do meu sertão
Nas estradas por onde andei sei que não verei jamais
Caminhando sem destino, garimpando um sorriso em qualquer lugar
Em um palco improvisado, entre panos e retalhos um homem só
Quem descobre que a vida não há tantas saídas não precisa se preocupar
Não é o tempo ou acaso que lhe causa embaraço quando a sina lhe encontrar
Isabela na janela com seus olhos tão bonitos não espera o que virá
No olhar de um palhaço lágrimas despedaçam seu coração
Vede os olhos de quem chora, Isabela
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