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Como tocar blues na guitarra: dicas para dominar o estilo

Descubra os passos para tocar blues na guitarra e aumentar suas habilidades!

Muitas pessoas começaram a estudar guitarra para aprender como tocar blues.

Com origem nas comunidades afro-americanas do sul dos Estados Unidos, o blues influenciou diversos estilos, do rock ao jazz, sendo conhecido por seu ritmo sincopado e sonoridade muitas vezes melancólica.

Se você já toca blues no violão ou quer iniciar direto na guitarra, preparamos uma série de dicas que vão te ajudar na sua jornada por esse gênero musical.

Pega sua guitarra e vamos lá!

4 dicas de como tocar blues para você aprender de vez

O blues tem algumas características específicas que qualquer iniciante precisa conhecer.

O gênero é comumente tocado em compassos quaternários simples (4/4) ou composto (12/8), podendo variar em diferentes velocidades.

Também se baseia em padrões harmônicos e melódicos, facilmente reconhecíveis após se familiarizar com o gênero.

Abaixo, apresentamos algumas dicas de como tocar blues na guitarra.

1. Acordes mais comuns e como tocá-los

No blues, os acordes maiores com sétima menor (X7), também conhecidos como acordes dominantes, são muito utilizados.

Aprender diferentes shapes desses acordes na guitarra vai te preparar para tocar em várias tonalidades.

Uma boa dica é se familiarizar com esses acordes tanto nas versões que utilizam cordas soltas, quanto fôrmas com todas as notas presas, pois o uso de diferentes shapes ao longo do braço te ajudará a variar a sonoridade durante a execução.

2. Estrutura do blues de 12 compassos

A estrutura de 12 compassos é uma das primeiras coisas que um guitarrista deve aprender para entender como tocar blues.

Nessa sequência, os acordes seguem o padrão I – IV – V, em que os três acordes são maiores com sétima menor, repetindo-se a cada 12 compassos.

Existem dois tipos de progressão, a slow change e a fast change. Por exemplo, em uma tonalidade de Mi, a slow change seria:

slow change tonalide Mi
Créditos: Cifra Club

Com uma diferença nos primeiros quatro compassos a fast change é:

compassos a fast change
Créditos: Cifra Club

Essa sequência de acordes dominantes é uma das sonoridades mais comuns no blues e gera um som característico ao criar uma leve tensão que se resolve constantemente.

Dominar essa estrutura é importante, permitindo que você toque inúmeras músicas que seguem o padrão de blues em 12 compassos.

Também é a partir dela que você pode começar a adicionar variações e outros acordes criando sua própria progressão de 12 compassos.

3. Escalas do blues: pentatônica e penta blues

As escalas pentatônicas são um dos principais elementos do gênero, especialmente a escala pentatônica menor e a escala penta blues, que adiciona a “blue note”.

Em Mi, por exemplo, a escala pentatônica menor seria:

Mi – Sol – Lá – Si – Ré

Já a penta blues, com adição do intervalo de quinta diminuta, ficaria:

Mi – Sol – La – Sib – Si – Ré – Mi

A prática da escala de blues em diferentes tonalidades é fundamental. Uma dica é tocá-la lentamente, variando o ritmo e começar a tirar e criar seus próprios licks.

4. Técnicas essenciais para tocar blues

Várias técnicas usadas no blues são amplamente utilizadas na guitarra.

Algumas mais ligadas à expressividade como o bend, que consiste em puxar ou empurrar uma corda após tocar uma nota, alterando a sua altura.

Outro exemplo é o vibrato, que cria uma leve oscilação na nota, movimentando o dedo para cima e para baixo; também muito expressiva e muito comum no blues.

Um bom exemplo de música que combina essas duas técnicas é The Thrill is Gone, do lendário B.B. King.

Outro tipo de técnica são os double-stops que, basicamente, consiste em tocar duas notas ao mesmo tempo. Ela pode ser combinada com bends e vibratos, além de permitir criar um som mais “rasgado”.

Um bom exemplo do uso dessa técnica é Johnny B. Goode, de Chuck Berry.

Finalmente, o slide também é característico no blues. Nele você desliza o dedo entre duas ou mais notas.

Uma música que combina várias dessas técnicas, indicada para quem está começando a se aventurar no blues, é Mannish Boy, de Muddy Waters.

E não se esqueça de conferir nossa lista de blues para iniciantes para expandir seu conhecimento e repertório!

Outras dicas úteis para tocar blues

Além do que já mostramos para aprender como tocar blues, também listamos outras dicas legais para você treinar o gênero.

  • Uso do metrônomo: o acompanhamento no blues exige precisão rítmica e praticar com o metrônomo ajuda a manter o tempo constante. 
  • Prática da improvisação: o blues é conhecido pela sua flexibilidade, e a improvisação é parte central desse estilo. Ao aprender a improvisar usando a escala de blues, você se torna capaz de criar novas melodias sobre a mesma base de acordes.
  • Toque com backing tracks: disponíveis online, você pode encontrar backing tracks que simulam a base para praticar solos e frases no contexto real de uma música de blues. É uma ótima maneira de desenvolver seu timing e sentir como é tocar em uma base de acompanhamento.
  • Atenção ao timbre: o som no blues é importante e o timbre deve transmitir uma sensação crua. Na guitarra elétrica, recomenda-se usar um leve overdrive, que adiciona um toque de distorção e tensão ao som.

Ao usar essas dicas, você vai se familiarizar com o blues e avançar nas técnicas de guitarra.

Aumente seu repertório técnico com o jazz!

Se você curtiu nossas dicas de como tocar blues e quer avançar nos estudos em outros gêneros, confira as melhores músicas de jazz para tocar! Até a próxima e bons estudos!

Foto de Marco Teruel

Marco Teruel

Marco Teruel é músico e violonista, com mestrado pela USC Thornton School of Music (EUA) e doutorado em música pela UFMG. Seus interesses musicais incluem o repertório do violão clássico, a música dos séculos XVI e XVII, a música brasileira e o heavy metal.

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