Neste artigo, listamos 8 músicas de jazz para você que aceitou o desafio de tocar obras clássicas na guitarra e violão!

Conhecido por ser um estilo sofisticado e cheio de nuances, o jazz pode, muitas vezes, representar um desafio para os músicos que resolvem executar suas obras. Por isso, é sempre importante ter dicas de músicas de jazz para tocar.

Apesar de ter a improvisação como seu maior fundamento, este estilo musical possui clássicos com linhas instrumentais marcantes. E é justamente isso que veremos aqui. Então, pronto para conhecer as melhores canções de jazz para você aprender?

Dicas para tocar jazz

A complexidade dos elementos que compõem uma canção deste gênero pode parecer indecifrável para os iniciantes. Por isso, aprender a tocar jazz com quem já tem experiência vai te ajudar muito nesse começo de caminhada. Nesse sentido, dicas sobre batidas são preciosas, assim como técnicas específicas exigidas, por exemplo. Enfim, vamos às canções!

All of Me — Django Reinhardt

Principal nome do chamado gypsy jazz, Django Reinhardt sempre teve uma maneira muito própria de tocar suas músicas. Primeiramente, em All of Me, o compositor se utiliza da técnica de gypsy picking, que consiste em começar a tocar um acorde sempre de cima para baixo. Isso também se aplica aos acordes abafados, que devem ser tocados na mesma direção.

Em resumo, nunca comece com um movimento ascendente. Essa técnica é usada em quase todas as músicas de Django. Dessa forma, você vai perceber que elas soarão mais próximas às das gravações originais.

Days Of Wine And Roses — Wes Montgomery

Emular o som de Wes Montgomery na guitarra é tarefa árdua e que exige dedicação. Na música Days Of Wine And Roses não é diferente. Para conseguir alcançar o mesmo timbre de Wes, é preciso lembrar que ele tocava usando apenas o dedão, sem palhetas ou dedilhados.

Quando solava, para deixar o dedão livre e percorrer todas as cordas, ele posicionava os outros dedos na parte inferior do instrumento. O dedo indicador, por sua vez, ficava logo abaixo das cordas. Ou seja, ele tinha a mão firmemente posicionada e deixava o dedão encontrar qualquer corda da guitarra sem precisar mexer a mão toda.

Com isso, podia se mover mais rápido e tencionar cada nota da maneira que achasse mais adequada para a música. Embora essa técnica possa parecer estranha e contrarie aquilo que a maioria dos professores ensina, de fato ela possibilitou um som único.

On Broadway — George Benson

George Benson é um gênio da melodia. Além de um guitarrista cheio de estilo, ele destoa dos demais por ter uma voz fantástica. Em On Broadway, o músico capricha em dar mais peso no solo. Nossa dica para tocar essa música com maestria é ficar atento à progressão de acordes e ao dedilhado suave e funky que Benson faz. 

Repare que, nessa canção, quem se destaca é o baixo. Sendo assim, fique atento para que a sua guitarra não apague quem de fato deve brilhar. Foque na parte em que o seu instrumento é o destaque da canção.

Minor Swing — Django Reinhardt

Para tocar Minor Swing – provavelmente, a mais famosa de Django Reinhardt -, utiliza-se uma técnica chamada de rest stroke. Muito comum no gypsy jazz, ela consiste em descansar a palhetada na corda inferior àquela onde foi tocada a primeira nota do solo.

Ao subir a palheta para dar a segunda nota na mesma corda, porém, você não vai descansar na corda superior. Apenas vai deixá-la soar. Se forem três notas na mesma corda, e a quarta for na corda inferior, você deve continuar a última nota sem o “descanso” da palhetada. Embora o rest stroke não seja obrigatório, ele fará com que a música soe mais próxima ao original.

What A Wonderful World — Louis Armstrong

Em What A Wonderful World, clássico de Louis Armstrong, o segredo é dedilhar as notas. Você vai descer por todas as cordas pressionadas e subir até a corda antes da tônica. Com isso, você vai criar um efeito idêntico àquele do violão que acompanha a versão original da música.

Esteja atento a algumas rápidas trocas de acordes que a música pede. Ao todo, a cifra deste hino do jazz possui 18 shapes, que merecem dedicação extra para serem executados com perfeição.

My Way — Frank Sinatra

Nós estejamos acostumados à versão orquestrada e cheia de instrumentos de My Way. Apesar disso, a música foi tocada, no primeiro minuto da versão original, apenas com violão, baixo e bateria. Para executar essa canção, nossa dica está na batida.

Enquanto a maioria das pessoas marca apenas para baixo, o ideal é fazer a sequência ↓ – ↓↓ – ↑↓ – ↓↑. Dessa forma, o seu violão se encaixará perfeitamente com a melodia da canção.

Dream My Little Dream Of Me — Ella Fitzgerald e Louis Armstrong

Na gravação apaixonante dos dois ícones do jazz, Dream My Little Dream Of Me precisa soar doce como a letra de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong.

Para isso, toque as notas começando pela tônica, com o dedão, e as demais cordas pressionadas de uma única vez, com os outros dedos. Dessa maneira, você imprime todo swing e delicadeza que a música exige.

I Put A Spell On You — Nina Simone

Para fazer I Put a Spell on You realmente enfeitiçar quando tocada, é preciso colocar uma pitada de mistério nela. Sendo assim, nossa recomendação é para que use apenas palhetadas de cima para baixo. Faça duas por compasso, deixando a primeira soar completamente e abafando a segunda.

Uma vez que essa música foi originalmente composta para o piano, que Nina Simone dominava, é difícil traduzir o mesmo clima para outro instrumento. Ainda assim, a técnica que explicamos vai fazer com que a névoa misteriosa que envolve a composição seja transposta para o violão.

Como continuar evoluindo no seu instrumento?

Agora você está com as dicas na mão das músicas de jazz para tocar! Então, é preciso lembrar que estudar é a melhor maneira de avançar e descobrir novas maneiras de tocar o instrumento que você mais gosta.

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