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Aprenda como tocar jazz e aumente seu repertório

Descubra como tocar jazz no violão com nossas dicas!

Aprender como tocar jazz, tanto na guitarra como no violão, vai além de diversificar o repertório. Quem domina esse estilo se torna um instrumentista completo.

Ao estudar jazz, você aprende novos ritmos para tocar no violão e aumenta seu vocabulário musical, tanto na parte teórica quanto na parte técnica.

Então, prepare-se para descobrir como tocar jazz na guitarra e no violão!

Como tocar jazz no violão e na guitarra?

Como todo estilo musical, o jazz tem algumas características que o definem. Entre elas, temos o uso de acordes complexos, progressões harmônicas diferenciadas e improvisação.

Quanto aos acordes, o gênero se caracteriza pela liberdade de explorar diferentes estruturas, desde as mais simples até as mais complexas.

É comum o uso de tríades e tétrades e extensões como nona, décima primeira e décima terceira, além de acordes suspensos (sus2 e sus4).

1. Utilize o sistema CAGED

Uma dica é decorar os acordes básicos utilizando o raciocínio do sistema CAGED, memorizando uma forma de acorde maior, por exemplo.

Depois, transponha esse formato para diferentes regiões do braço do instrumento e decore seus nomes a partir da fundamental de cada um deles.

Repita o processo com qualquer outro tipo de acorde que você estudar.

2. Treine a mudança entre acordes

Depois que você tiver decorado os formatos dos acordes, passe a treinar as mudanças entre eles com as progressões mais usadas no jazz, que são:

  • II-V-I
  • I-VI-II-V ou Turnaround
  • III-VI-II-V
  • I-IV-iii-VI ou Anatole

3. Utilize as principais técnicas

Entre as técnicas para tocar jazz na guitarra e no violão que podem ser utilizadas nesse processo temos o comping, walking bass, chord melody e arpejos.

Conheça os diferentes tipos de jazz

Um dos principais fatores para saber como tocar jazz com maestria é conhecer suas diferentes vertentes. Então, bora lá entender cada uma delas? 🙂

New Orleans e Dixieland

Surgidos no início do século XX, o New Orleans e o Dixieland têm como principais características o uso de acordes com sétima, progressões harmônicas simples e ritmos onde o swing é essencial.

Portanto, é uma ótima variação para começar a assimilar como tocar jazz. Nela, é comum encontrar músicas com acordes de fácil montagem e troca, permitindo um foco maior no treino da batida de mão direita (esquerda para os canhotos).

Swing

O Swing é um estilo que dominou as décadas de 30 e 40 e revelou as grandes bandas para o mundo.

A guitarra tem um papel de acompanhamento, sendo uma boa forma de assimilar o ritmo de colcheias tercinadas típico do jazz.

Além disso, progressões um pouco mais complexas começam a aparecer, utilizando acordes dissonantes com sexta e nona, por exemplo. 

A progressão harmônica II-V-I é bem presente nesse estilo de jazz.

Bebop

O Bepop é uma ótima vertente para se entender como é tocado o jazz, por envolver o uso de progressões de acorde mais complexas, andamentos rápidos e linhas melódicas intrincadas

Como a improvisação fala alto, recomendamos que você comece a treinar bebop quando já estiver legal no Dixieland e no Swing.

Nesse estilo, é muito comum encontrar acordes com tensões do tipo X7(9+), X7(9-) e os diminutos. Assim como o blues, o bebop tem sua própria escala com diversas variações.

Uma das mais comuns é a escala bebop dominante, a escala maior com a adição da sétima menor ou menor cromática, gerando uma escala octatônica, com oito notas.

  • DÓ  RÉ  MI  FÁ  SOL  LÁ  SIb  SI  DÓ

Além disso, temos a escala bebop maior que acrescenta uma sexta menor à escala maior:

  • DÓ  RÉ  MI  FÁ  SOL  LÁb LÁ  SI  DÓ

Para tocar bebop no violão e na guitarra, é preciso uma boa velocidade com os solos. Isso porque os fraseados nas improvisações e as construções costumam ser bem rápidas.

Além disso, é importante conhecer bem sobre campo harmônico, por ser uma das ferramentas necessárias para entender as substituições harmônicas que também aparecem no bebop.

Cool Jazz

Essa vertente surge como uma reação à energia explosiva e virtuosa do bebop, trazendo algo mais calmo e equilibrado. Assim, seus andamentos são mais lentos e suas linhas melódicas mais relaxadas.

Hard Bop

Aqui temos uma variação do bebop essencial para quem quer se aprofundar no conhecimento de como tocar jazz, pois ela é uma extensão mais complexa ainda do bebop.

O Hard Bop tem características semelhantes ao bebop e surge como uma reação à calmaria do cool jazz. Por isso, seu repertório possui harmonias mais complexas e melodias mais elaboradas.

Modal Jazz

O Modal Jazz traz harmonias estáticas, em que um acorde é tocado por mais de um compasso. Por isso, ele tem progressões harmônicas mais simples.

Porém, não se engane com a facilidade das progressões, pois para tocar esse estilo é preciso ter um bom domínio prático e teórico dos modos gregos, já que o modal jazz tem suas improvisações nesses tipos de escalas. Daí o seu nome.

Latin Jazz

Essa é uma boa forma de assimilar como tocar jazz no violão, pois ele incorpora ritmos.

Além de ser uma ótima maneira de ampliar o conhecimento sobre harmonia, o Latin Jazz traz um riquíssimo estudo de ritmos de mão direita.

Por isso, domine os ritmos latinos, incluindo os brasileiros, antes de estudar latin jazz, pois você vai precisar tocar esses ritmos usando o swing feel.

Fusion

O Fusion é um exemplo de que tem guitarra no jazz de forma proeminente. Assim como o latin jazz, o fusion também incorpora outros estilos, como o rock e o funk.

As improvisações costumam ser bem longas e, por ter a guitarra rock bastante presente, é comum o uso de efeitos como distorção e delay. Suas progressões harmônicas podem ser bem complexas.

Quer aprender mais sobre como tocar jazz? O Cifra Club te ajuda!

Curtiu nossas dicas para tocar jazz e quer se aprofundar mais? Então, te convidamos a aprender como tocar alguns clássicos do jazz.

Torne-se fera em um dos estilos mais complexos de tocar, enriquecendo suas técnicas e vocabulário musical. Não perca mais tempo.

Foto de Carlos de Oliveira

Carlos de Oliveira

Redator Web com especialização em SEO e escrita para blogs e redes sociais. Estrategista de conteúdo. Músico, compositor e colecionador de LPs, CDs e DVDs. Toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano e bateria. Escreve para o Cifra Club desde abril de 2022.

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