Descubra os timbres de guitarra rock
Aprenda mais sobre os timbres de guitarra no rock e suas principais características!
Diversas gerações de amantes da música já se arrepiaram com o som de uma guitarra roqueira. Mas a verdade é que existem vários timbres de guitarra no rock.
Essas sonoridades se tornaram verdadeiras identidades, tanto dos guitarristas quanto das próprias bandas e, consequentemente, de suas músicas.
Pensando nisso, vamos falar um pouco dos diferentes sons e timbres presentes na guitarra rock. Esses timbres derivam suas características de diversos fatores, em especial, dois deles: o tipo de guitarra e os pedais de efeito.
Quer aprender como timbrar sua guitarra parecido com seu guitar hero favorito? Então prepare o instrumento e vamos lá!
Conheça os timbres de guitarra rock
Os timbres de guitarra rock são tão variados quanto o número de guitarristas que os tocam e podem ser moldados por inúmeros fatores.
O som limpo de uma guitarra é um bom ponto de partida para entender essas variações.
O timbre pode mudar de acordo com a madeira usada na construção do instrumento (ainda há muita discussão), seu formato, o tipo de amplificador e, claro, os captadores.
Os captadores mais comuns são os humbuckers, que oferecem um som mais encorpado e livre de ruídos; e os single coils, que proporcionam um som mais brilhante e detalhado.
É importante experimentar as diferentes combinações de timbres que sua guitarra pode gerar com as diversas posições da chave e diferentes regulagens dos knobs. Esse experimento sozinho já vai abrir seus ouvidos!
A seguir, vamos conferir alguns modelos de guitarra e como elas influenciam nos timbres.
1. Les Paul
A Les Paul é famosa por seu timbre médio grave, muitas vezes descrito como cheio e até “escuro”.
Esse som é ideal para sonoridades que precisam de muita presença e para solos com muito sustain.
A combinação de madeira pesada e captadores humbucker faz com que essa guitarra tenha um som robusto e encorpado, perfeito para estilos de rock mais pesados.
Alguns guitarristas que tocam a Les Paul são Jimmy Page, Ace Frehley, Slash, Randy Rhoads e Zakk Wylde.
2. Stratocaster com Single Coils
A Stratocaster é sinônimo de timbre médio agudo e cristalino. Seus captadores single coil fornecem um som claro e definido, ideal para músicos que buscam um som com mais definição.
A versatilidade dessa guitarra é ampliada pela presença de uma chave seletora de cinco posições, permitindo uma variedade de timbres.
Perceba como nomes de guitarristas, em estilos e com formas de tocar guitarra diferentes, comprovam a versatilidade da Stratocaster: Jimi Hendrix, Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan, Ritchie Blackmore e Yngwie Malmsteen.
3. Telecaster
A Telecaster é conhecida por seu timbre com maior ênfase nas frequências agudas. Essa guitarra é escolhida com frequência para estilos de rock que exigem um som mais cortante e brilhante.
Tradicionalmente equipada com captadores single coil, as Tele oferecem um som articulado e muito peculiar, que se destaca durante as gravações.
A lista de usuários da telecaster é mais versátil do que você pode imaginar: Keith Richards, Bruce Springsteen, Andy Summers, Jonny Greenwood, Joe Strummer, Joe Walsh e, o mais inusitado, Jim Root (do Slipknot)!
Vale lembrar que as Telecaster e Stratocaster podem ser equipadas com Humbuckers, o que auxilia na hora de tocar com efeitos mais saturados e pesados, mas mantém a ênfase nas frequências altas.
Os citados Jim Root e Jonny Greenwood tocam com humbuckers, por exemplo. Jim, inclusive, usa captação ativa da EMG.
E, claro, há vários guitarristas que transitam entre todos esses modelos de guitarra. Eles fazem da escolha do instrumento uma parte do processo de composição e da sua expressão pessoal.
Um bom exemplo disso é Mark Knopfler. É possível ver como cada uma das músicas com o Dire Straits ou em carreira solo é composta para um tipo específico de guitarra, tirando proveito de sua sonoridade e potencial.
Conhecendo os efeitos de pedais
Para expandir ainda mais as possibilidades sonoras dos timbres de guitarra rock, os guitarristas frequentemente recorrem a efeitos externos.
Esses efeitos podem transformar completamente o som da guitarra, adicionando camadas e texturas únicas, além de ajudar a moldar o som de vários clássicos do rock.
1. Overdrive
O overdrive é um dos efeitos mais utilizados no rock. Ele adiciona uma leve distorção ao som, proporcionando um timbre quente e encorpado.
Na verdade, essa leve distorção é uma saturação natural que acontece em amplificadores valvulados quando há maior input de ganho do que o equipamento suporta. Os pedais buscam emular esse efeito.
2. Distortion
Já o distortion é mais agressivo, criando um som pesado e saturado, ideal para estilos de rock mais agressivos.
Neste caso, o efeito altera consideravelmente o timbre da guitarra, ao contrário do overdrive, que costuma manter um equilíbrio entre a saturação e o timbre original.
3. Fuzz
O fuzz é uma forma de distorção extrema, proporcionando um som denso e “sujo”, característico de muitos estilos de rock psicodélico e experimental; ou de gêneros de rock e metal, como o grunge, que buscam um som mais vintage.
Em termos físicos, o efeito modifica por completo o formato da onda, alterando totalmente o som da guitarra.
4. Delay e Reverb
O delay e o reverb são essenciais para adicionar profundidade e espaço ao som da guitarra.
O delay repete o som da guitarra, criando um efeito de eco, enquanto o reverb simula a reverberação natural de diferentes ambientes, proporcionando um som mais cheio e tridimensional.
5. Chorus
O chorus duplica o som da guitarra e ligeiramente desafina uma das cópias, criando um efeito de multiplicação que faz a guitarra soar como se várias estivessem tocando ao mesmo tempo. Esse efeito é excelente para adicionar riqueza e dimensão ao timbre.
6. Wah-Wah
O wah-wah é um efeito de modulação que varia a frequência do som da guitarra, criando um som “falante”.
É muito usado em solos, mas em alguns gêneros também é usado durante levadas para enfatizar um efeito percussivo.
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Marco Teruel
Marco Teruel é músico e violonista, com mestrado pela USC Thornton School of Music (EUA) e doutorado em música pela UFMG. Seus interesses musicais incluem o repertório do violão clássico, a música dos séculos XVI e XVII, a música brasileira e o heavy metal.