A cada curva o perigo
O passageiro tranquilo
Vamos pescar no asfalto
O pão nosso de cada dia
A pele queimada
A metrópole esmaga
O sonho dos pescadores
Pescadores de ideais
A vida corre, corre
Quase não para
E quando para
Para na estação do medo
Muro, grades, velocidade e o céu turvo, tosse e fuligem
Pescadores do asfalto
Rasos cidadões
Diante da imensidão
De desigualdade entre os próprios irmãos
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